sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

CRÍTICA MOGLI - ENTRE DOIS MUNDOS


A famosa história do menino lobo ganhou, recentemente, mais uma versão em Mogli – Entre dois mundos, que não foi bem o que se pode chamar de sucesso. Quem assistiu o desenho animado da Disney, de 1968, sente na hora a diferença principal entre ele e o novo live action da Netflix – o clima sombrio e dramático que o diretor Andy Serkis deu à sua produção.

Em 1968 tínhamos um garoto que se divertia na selva com seus amigos Baloo e Bagheera. Aquele, antes um urso brincalhão e irresponsável, agora se torna um professor velho e rígido, e a pantera, que na animação também era mais sensata, era muito mais leve do que a de agora – um animal que viveu em cativeiro e foi torturado pelos homens antes de voltar à selva e à liberdade. Shere Khan, o tigre, retorna como vilão, mas não é o único, porque os homens assustam tanto os animais quanto o grande felino.

Nem em meio a sua própria espécie Mogli encontra muita felicidade, já que o homem de quem mais se aproxima quando finalmente se integra à vila perto da selva se revela um caçador sem qualquer moral.

Ademais, o fato de o personagem principal não chegar à idade adulta pode parecer, a princípio, muito interessante, mas se formos pensar bem, seria mais adequado que ele crescesse. É que o espírito violento e vingativo que toma conta da criança torna as coisas muito pesadas... especialmente para o público juvenil. Não há alegria nem trilha sonora divertida. Os sentimentos que o cineasta buscou provocar foram outros.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

CRÍTICA BATALHAS


Batalhas conta a história de Amalie (Lisa Teige), uma jovem dançarina norueguesa que tem uma vida bastante confortável e certinha, sem qualquer preocupação. Um dia, porém, é despejada de casa junto com o pai, que tinha perdido tudo em razão da má gestão de seus negócios (essa parte não é bem explicada). Tomada por vergonha, ela se recusa a contar o que aconteceu às amigas e ao namorado, Aksel (Vebjørn Enger).

Sem espaço para praticar dança, que é o que mais ama na vida, Amalie procura um lugar apropriado e acaba conhecendo Mikael (Fabian Svegaard Tapia) e o Hip Hop. De classe claramente inferior à dela, Mikael lhe apresenta uma forma de dançar muito mais libertadora do que a que ela conhecia (Amalie treina com uma professora muito rígida e as colegas são competitivas).

Batalhas não tem nada demais, é previsível, bem “manjado”. Amalie é a típica patricinha asquerosa que conhece um mundo diferente e faz coisas nojentas por vergonha – o que é absolutamente sem sentido no contexto da história, já que seu pai é amoroso, suas amigas muito legais e o namorado carinhoso -, o que torna difícil torcer por ela.

Mas apesar de sabermos tudo o que vai acontecer, é um filme que flui bem e as cenas de dança são bastante legais, não obstante a trilha sonora poder ter sido bem melhor. É uma boa pedida para quem gosta de filmes leves, que não precisa pensar muito e uma boa pedida para relaxar e passar o tempo.

sábado, 22 de dezembro de 2018

CRÍTICA CAIXA DE PÁSSAROS

Caixa de Pássaros estreou na última sexta-feira (21) e é o nome da nova produção da Netflix, que nos conta a história de Malorie (Sandra Bullock) e seus filhos, Garoto e Garota, numa jornada de sobrevivência e angústia.

Baseado na obra literária de Josh Maleman, é um suspense/terror que se passa em um mundo pós apocalíptico em que, de repente, pessoas começam a se suicidar após verem uma “criatura”. Mas o que era? Se você abrir os olhos descobrirá, mas no momento seguinte estará morto por suas próprias mãos.

Em termos gerais, o filme é muito bom e não deixa muito a desejar. Hollywood já aprendeu há tempos a contar histórias cuja linha de tempo não é linear e faz isso bem, com um porém aqui e outro ali. Em Caixa de Pássaros, o futuro, que se passa quando Malorie e seus filhos estão tentando atravessar um rio de olhos vendados, poderia ter ficado melhor amarrado com o passado, mas ainda assim não afeta o entendimento do espectador.

O ponto forte, no entanto, é a atuação do elenco. Bullock está perfeita. Malorie não é uma personagem fácil de se interpretar – é uma mulher que se vê grávida em meio a um apocalipse e precisa proteger duas crianças de algo contra o qual não se pode lutar... pelo menos de olhos abertos. Então ela se torna uma pessoa extremamente tensa e estressada, fria até, já que precisa ficar alerta vinte e quatro horas por dia, lidando com a escassez de comida, se equilibrando no limite da sobrevivência. E as crianças que interpretam os filhos dela também são talento puro, não dá pra acreditar no quanto elas interpretam bem.

O único senão, talvez, está em um ponto que deveria ter sido melhor explorado: o som - principalmente através da audição dos pequenos. No filme, para se saber que a “criatura” estava próxima, folhas se levantam ao vento e rodopiam, porém os personagens, nas cenas externas, estão sempre vendados! Esse detalhe quebra um pouco a ligação do expectador com o mundo de Malorie e seus filhos. Eles só conseguem ouvir... e as crianças eram treinadas para isso desde que nasceram. Tudo, naquele momento da travessia do rio, dependia da audição delas, porque a visão estava limitada, folhas não poderiam ser vistas. Foi um pequeno descuido que, no entanto, não chega a atrapalhar a produção. Tirando esse detalhe, a trilha sonora está muito bem, obrigada, não há o que reclamar.


Por isso não se enganem! Caixa de Pássaros merece muito ser visto e é uma ótima pedida para entretenimento, além de dar o que pensar, como todas as histórias que se passam após um apocalipse...

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

CRÍTICA "AQUAMAN"

A lenda da cidade perdida de Atlântida existia bem antes de nós e continuará a existir até depois que não estivermos mais aqui, e é com base nela que um dos melhores filmes do ano foi feito. Aquaman superou em muito as expectativas em vários sentidos.

O fato de Jason Momoa assumir o papel do herói do título por si só chamou a atenção do público de imediato, que queria ver o Khal Drogo de Game of Thrones novamente em ação, mas o elenco de peso conseguiu levar definitivamente a produção ao triunfo que já era esperado, com Nicole Kidman, Amber Heard, Willem Defoe e Patrick Wilson como o vilão Orm.

Os efeitos especiais são impressionantes, principalmente porque grande parte da história se passa debaixo d’água, mas o que chama mais atenção é a mixagem de som. A trilha sonora é muito boa, porém é incrível o que se faz quando os personagens falam enquanto estão dentro de ambientes aquáticos. Entendemos aqui que o Oscar dessa categoria já está ganho.

O resumo é que Aquaman sem dúvida é o melhor filme da DC já feito, quiçá o melhor filme do ano, e mais do que vale a pena ir assistir no cinema, para aproveitar todos os recursos (e principalmente o de som!).

Para quem ainda não viu, segue o trailer para atiçar a curiosidade!


quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

CRÍTICA A NOSSA ESPERA


O filme francês A Nossa Espera fez sua estreia mundial na Semana da Crítica, no festival de Cannes 2018, mas só chegará aos cinemas brasileiros em 03 janeiro de 2019. Estrelado por Romain Duris (Todo o Dinheiro do Mundo), conta a história de Olivier (Duris), um operário que se vê abandonado sem aviso pela mulher, Laura (Lucie Debay), com seus dois filhos pequenos, Elliot (Basile Grunberger) e Rose (Lena Girard Voss). A família então tem que se adaptar à vida sem ela, o que se mostra uma tarefa árdua de se realizar.

O filme não tem nada de especial e nem é nenhuma obra prima - parado, quase sem trilha sonora, com vários minutos de silêncio que poderiam ter diminuído o tempo de duração. A atuação de Duris não deixa a desejar, mas as estrelas da produção são com certeza os atores mirins, que interpretam os filhos de Olivier, Elliot e Rose. Estes sim dão um show!
                                                                                                                                
Quem é fã do cinema francês, não vai se decepcionar, mas há filmes melhores...

Confira o trailer abaixo!


terça-feira, 18 de dezembro de 2018

JÁ JÁ NOS CINEMAS - A ESPOSA

A Esposa: Atrás de todo grande homem, existe uma mulher maior ainda.”

Enquanto viaja para Estocolmo com o marido, que receberá o Prêmio Nobel de Literatura, Joan (Glenn Close) questiona suas escolhas de vida. Durante os 40 anos de casamento, ela sacrificou seu talento, sonhos e ambições, para apoiar o carismático Joe (Jonathan Pryce) e sua carreira literária. Assediada por um jornalista (Christian Slater) ávido por escrever uma escandalosa biografia de Joe, agora Joan enfrentará o maior sacrifício de sua vida e alguns segredos há muito enterrados finalmente virão à tona.

A Esposa estreia nos cinemas no dia 10 de janeiro.

Confira o trailer abaixo!



Fonte: Sinny Assessoria de Comunicação

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

AMIGOS PARA SEMPRE


Versão americana do fenômeno mundial “Intocáveis”, Amigos para sempre conta a história de Philippe (Bryan Cranston) é um aristocrata rico que fica tetraplégico após sofrer um acidente de parapente. Ele precisa de um assistente e decide contratar Dell (Kevin Heart), um jovem pobre, com registro criminal que não tem a menor experiência em cuidar de pessoas no seu estado. Entre o aprendizado da função e diversas gafes, Philippe se afeiçoa por Dell já que ele não o trata como um coitado. Surge então uma improvável amizade quando cada um cpnhece melhor o mundo do outro.

Embora o diretor Neil Burger tivesse imensa admiração pelo original francês, ele foi bem claro ao falar com Blumenthal, Black e Tisch que  achava que uma adaptação em inglês poderia levar a história a um nível inteiramente novo  ao público americano. Burger foi bastante específico sobre o que ele imaginou para o filme, mas foi sua capacidade de colaborar com os produtores, bem como com o escritor Jon Hartmere, que acabou materializando o roteiro.

O filme estreia dia 10 de janeiro de 2019.

Confira o trailer abaixo!


Fonte: Califórnia Filmes (assessoria de imprensa).

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

PERFUME (PARFUM)


A Netflix anuncia mais uma vez a estreia da série O Perfume (Parfum), dessa vez com a divulgação do trailer da primeira temporada, que terá somente seis episódios. Depois do sucesso de Dark, as séries alemãs vêm conquistando o público, e O Perfume promete seguir o mesmo caminho.

Baseada na obra de Patrick Süskind, que também já foi adaptada para o cinema em 2006 (Perfume, a história de um assassino), e cuja trama se passa no século XVIII, na televisão estaremos em época contemporânea, quando um criminologista é chamado para investigar uma série de assassinatos ocorridos em um internato francês para meninos. O grupo suspeito tem uma peculiar adoração por perfumes e, supostamente, um serial killer conseguiu manipular suas vítimas utilizando aromas específicos.

Perfume tem estreia marcada para o dia 21 de dezembro. Confira o trailer!



sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

A LISTA DO GLOBO DE OURO


A lista de indicados para o Globo de Ouro 2019 finalmente foi divulgada ontem (06/12). Essa será a 67ª edição de uma das mais importantes premiações para cinema e TV nos EUA, promovida pela Associação da Imprensa Estrangeira em Hollywood.



Vinte e cinco categorias serão premiadas. No cinema, o filme “Vice” lidera com seis indicações, entre elas, a de melhor filme de comédia ou musical, melhor ator em filme de comédia para Christian Bale e de melhor atriz coadjuvante para Amy Adams, além de melhor diretor para Adam Mckay. O filme só estreia no Brasil em 31 de janeiro de 2019.





Em seguida, com cinco indicações, vem o emocionante “Nasce uma Estrela”, incluindo melhor filme de drama e melhor atriz em filme de drama para Lady Gaga. Bradley Cooper concorre em duas categorias – melhor ator em filme de drama e melhor diretor. “Shallow”, é claro, concorre a melhor canção original.




Também se encontram na lista de melhor filme de drama, “Pantera Negra”; o aclamado “Bohemian Rhapsody, que colocou Ramy Malek como indicado a melhor ator em filme de drama; “Infiltrado na Klan” e “Se a rua Bale falasse” (com data de estreia para 24 de janeiro de 2019).




Outros nomes de peso se encontram listados, como Glenn Close, por “A esposa”, Charlize Theron, por “Tully” e Claire Foy por “Primeiro homem”.



Já para a TV, os indicados a melhor série de drama foram “The Americans Bodyguard”,  Homecoming”, “Killing Eve”, e “Pose”. Caitriona Balfe concorre a melhor atriz em série de drama por sua atuação em “Outlander”, assim como Julia Roberts por “Homecoming”. Na mesma categoria, para melhor ator, estão Jason Bateman por “Ozark” e Stephan James, também por  Homecoming”.


Nas séries de comédia ou musical, concorrem “Barry”, “The Good Place”, “Kidding”, “The Kominsky Method” e “The Marvelous Mrs. Maisel”.

E então? Gostaram da lisa? Confira a íntegra no link abaixo!




terça-feira, 4 de dezembro de 2018

O BEIJO NO ASFALTO



Com estreia marcada para 6 de dezembro, “O BEIJO NO ASFALTO”, acaba de divulgar o trailer oficial. Numa adaptação ousada e diferente, que mescla teatro e cinema em preto e branco, Murilo Benício faz sua estreia na direção no filme “O BEIJO NO ASFALTO”, peça escrita por Nelson Rodrigues e encenada pela primeira vez nos palcos em 1961. O longa traz um elenco de peso: Fernanda Montenegro, Débora Falabella, Lázaro Ramos, Stênio Garcia, Otávio Müller e Augusto Madeira.

Na trama, Lázaro Ramos vive Arandir, um homem que, sem pensar, atende ao pedido de um beijo na boca feito por outro homem prestes a morrer ao ser atropelado na Avenida Presidente Vargas, no Rio de Janeiro. Tal gesto banal vira uma matéria sensacionalista de Amado (Otávio Müller), um repórter que cria uma fake news e passa a explorar o beijo entre dois homens para vender mais jornal. A versão criada pelo jornalista incita a polícia a investigar uma suposta ligação entre Arandir e o morto e cria dúvidas na cabeça de Selminha (Débora Falabella), mulher de Arandir e filha de Aprígio (Stênio Garcia), que, misteriosamente, insiste na ideia de que presenciou o beijo, quando, na verdade, estava de costas.

Exibido na 41ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, o elenco é um dos grandes destaques do filme, que também tem participação da atriz Fernanda Montenegro.

Além de dirigir, Murilo Benício é produtor e roteirista do filme.

Confira o trailer abaixo!