quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

CRÍTICA "UMA NOVA CHANCE"


Uma Nova Chance, novo filme de Peter Segal é daqueles filmes para passar o tempo. Não é bom que se possa tirar alguma coisa dele que já não tenha sido tirado de inúmeras outras produções, nem ruim para se levantar da poltrona antes de terminar, mas com certeza não é o melhor longa do diretor, que tem em seu currículo filmes como o divertido Agente 86 (2008) e o fofíssimo Como se Fosse a Primeira Vez (2004).

Em Uma Nova Chance, Maya, interpretada por Jennifer Lopez (que também produz o filme), é uma mulher de meia idade que, cansada de não ser reconhecida pelo seu trabalho competente em uma loja, acaba tendo uma chance inusitada em uma grande empresa de cosméticos. Em seu novo emprego, que ela consegue através de um currículo falso desenvolvido por seu afilhado, Maya vai lutar contra o preconceito de seus colegas com diploma e principalmente com Zoe (Vanessa Hudgens), com quem entra em uma competição para desenvolver o melhor produto cosmético o mais natural possível. A moral da história é que as ruas podem ensinar tão bem (ou melhor) do que as universidades mais gabaritadas.

É inegável que Segal tem uma veia cômica muito forte que na maioria das vezes funciona muito bem, mas não é o caso de Uma Nova Chance. Algumas cenas – como a que Maya se despede dos colegas da loja como se fosse uma miss cumprimentando seu público e de repente leva um tombo feio – soam um pouco forçadas, e a história não pede isso, mesmo a intenção tendo sido uma produção leve e divertida.

JLo, é claro, rouba a cena. A cantora não é má atriz – como já demonstrou no ótimo Dança Comigo? e no thriller de suspense O Garoto da Casa ao Lado – e seu carisma por si só consegue nublar as imperfeições, mas algumas atuações são bem fracas (como a de Freddie Stroma), que interpreta um dos novos colegas com dor de cotovelo de Maya. Milo Ventimiglia parece não ter saído de seu personagem Jack em This is Us, mas também é pouco explorado, assim como Leah Rimini (que interpreta Joan) e as outras amigas de infância de Maya.

Enfim, Uma Nova Chance tinha tudo para ser uma comédia dramática bem boa... mas não conseguiu seu intento. A mistura de comédia e drama não foi bem dosada o que resultou em uma produção que, no final, não funcionou muito bem.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

QUANDO MARGOT ENCONTRA MARGOT


VEM POR AÍ!

Margot (Agathe Bonitzer), 25 anos, tem uma vida despreocupada, pontuada por frequentes noitadas em Paris. Uma noite, durante uma festa, ela conhece outra Margot (Sandrine Kimberlain), 20 anos mais velha. Detalhes curiosos e grandes semelhanças fazem com que elas descubram que são a mesma pessoa em fases diferentes. Na manhã seguinte, no mesmo trem para Lyon, elas se deparam com Marc (Melvil Poupaud), o ex de uma delas, cujo charme desperta grande atração em ambas. Daí em diante, Margot e Margot acharão cada vez mais difícil se desligar uma da outra e também de Marc. Como seria reencontrar o seu próprio eu? Isto é o que Margot e Margot irão descobrir.  

E aí? Gostaram? O filme tem data marcada para o dia 25 de março!

Confiram o trailer abaixo.


Fonte: Sinny Assessoria e Comunicação

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

CRÍTICA "GREEN BOOK - O GUIA"


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Green book – O Guia é daqueles filmes que no subir dos créditos você levanta e aplaude. Baseado em fatos reais, estamos na década de 1960 quando, ainda em plena segregação racial nos EUA – especialmente no sul -, Tony Lip (Viggo Mortensen), um homem branco, aceita trabalhar para Don Shirley (Mahershala Ali), um homem negro. Para as mentes preconceituosas da época – e até nos dias atuais -, tudo nos dois parece estar invertido – a cor, a classe social, a postura, o requinte, a cultura.

Don é um músico de grande reconhecimento que resolve tomar coragem para sair em turnê pelo sul racista dos EUA e, para isso, contrata Tony como motorista e guarda-costas eventual. Dessa convivência nasce uma amizade improvável, já que no começo Tony parece ser tão preconceituoso quanto seus compatriotas sulistas.

Vencedor do Globo de Ouro de melhor filme e com cinco indicações ao Oscar, incluindo melhor filme, Green Book – O Guia é a estreia de Peter Farrely como diretor solo, e ele mostra a que veio produzindo uma obra aparentemente simples, mas com uma essência bem complexa que ele dilui temperando tudo com uma dose bem colocada de humor.

Quanto a atuação de Mortensen e Ali, só há louvores a tecer. Na pele de Tony, Mortensen vira o próprio selvagem, um homem que mal sabe falar e escrever direito, come desenfreadamente e não se importa com nada disso. Já Ali é um gentleman, um rei de bom coração e um gênio da música. Os dois estão perfeitos.

Ali já levou o Globo de Ouro de melhor ator coadjuvante e deveria levar a segunda estatueta dourada para casa (ele já conquistou o prêmio na mesma categoria em 2016 por Moonlight) e Mortensen estaria mais do que apto a conquistar seu primeiro Oscar. Se isso acontecer, será mais do que merecido.

O filme estreia no Brasil no dia 24 de janeiro.

Confira o trailer abaixo!


Fonte dos materiais: Assessoria Agência Febre

terça-feira, 22 de janeiro de 2019

CRÍTICA "VICE"


A vida do ex-vice-presidente Dick Cheney (Christian Bale) foi a escolhida pelo diretor Adam McKay para falar de política em seu longa Vice (Backseat), que possui oito indicações ao Oscar deste ano, incluindo melhor filme. E não é para menos.

Uma produção cinematográfica que nos mostra a História real e, por isso, ensina, nunca é de menos, ainda mais quando se trata de questões que afetam o mundo inteiro, como é o caso de Vice. O filme narra a ascensão de Dick Cheney que, de um garoto bêbado e brigão que foi expulso de uma das melhores universidades do mundo (Yale), se tornou o homem mais poderoso da política mundial como vice de George W. Bush.

Bale, que interpreta o político republicano, abraçou o papel de tal forma que conquistou o prêmio de Melhor Ator no Golden Globe, no SAG Awards e no Critics' Choice Awards e é um dos principais favoritos ao Oscar. Ele faz par novamente com Amy Adams (os dois já atuaram juntos em Trapaça), também indicada ao Golden Globe  e ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante.

Não há dúvidas sobre por que Vice é um dos candidatos mais fortes na disputa pela estatueta dourada. É uma grande produção de figurino, maquiagem e atuações impecáveis e, não obstante o tema que aborda (política), é dinâmico e bem construído, apesar de um pouco confuso pelas sequências rápidas de imagens e idas e vindas na linha cronológica. É bom conhecer bem a história antes de assistir.

Não obstante, Adam McKay consegue imprimir bastante personalidade ao filme, colocando certa dose de humor e mostrando os dois lados de Cheney – o de um pai zeloso e o de um político que apoia a tortura, por exemplo -, sempre se mantendo isento de qualquer rotulação e deixando a discussão para quem quiser.

O filme chega às telas no Brasil no dia 31 de janeiro. 

Confira o trailer abaixo!



 Fonte dos materiais: Imagem Filmes


segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

BREXIT - EM BREVE NA HBO


‘BREXIT’, COM BENEDICT CUMBERBATCH, ESTREIA EM 2 DE FEVEREIRO NA HBO

São Paulo, 16 de janeiro de 2019 – A HBO anuncia a estreia do filme Brexit, que mostra os bastidores do plebiscito para definir a saída do Reino Unido da União Europeia, cenário que abalou a política mundial em 2016. O longa, estrelado por Benedict Cumberbatch, estreia em 2 de fevereiro, às 22h, no canal HBO e na HBO GO.

Cumberbatch interpreta Dominic Cummings, o estrategista e conselheiro político britânico que dirigiu a campanha pela saída do Reino Unido da União Europeia - movimento que ficou conhecido como Brexit. O elenco ainda conta com Rory Kinnear no papel de Craig Oliver, diretor de comunicações do Primeiro-ministro David Cameron e Chefe da campanha Remain.

Brexit revela as estratégias dos históricos partidos britânicos para defender suas visões, além de examinar, de perto, a campanha vencedora e o resultado do plebiscito.

O filme tem direção de Toby Haynes e roteiro de James Graham, que também assina como produtor-executivo, junto com Juliette Howell e Tessa Ross. A produção é de Lynn Horsford. Brexit é uma produção da HBO em parceria com a BBC Studios, Channel 4 e House Productions.

Fonte: Agência Febre – Assessoria de imprensa

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

CRÍTICA "O PERFUME"


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A famosa história sobre o assassino de olfato privilegiado, O Perfume, do autor Patrick Süskind, que já possui versão no cinema, agora vira base para a série de TV alemã, de mesmo nome, com produção da Netflix. De forma bastante criativa e louca, a série criada por Eva Kranenburg, Philipp Kadelback e Oliver Berben nos tira do século XVIII – época em que se passa a história original – e nos traz para os dias atuais, quando a polícia investiga uma série de assassinatos ocorridos em circunstância singular e um grupo de amigos que não se via há anos se torna alvo das suspeitas.

Com apenas seis episódios, o que torna a primeira temporada de O Perfume mais instigante é justamente a questão dos assassinatos estarem ligados aos aromas, o que acaba trazendo à tona a teoria sobre o poder do olfato de Jean Baptiste Grenouille – o serial killer da história original de Süskind -, mexendo com a cabeça também dos investigadores da polícia.

A loucura parece estar sempre presente em cada cena, de forma sutil ou escancarada, desencadeada por uma adolescência conturbada, pela frustração, pela obsessão, pela luxúria e, principalmente, pelo olfato apurado ou a falta dele... Por isso, a série é bem mais profunda do que as que os simpatizantes por enredos de suspense e mistério estão acostumados e podem esperar.

Com personagens muito bem construídos - principalmente a de Friederike Becht, que interpreta a detetive Nadja Simon e a de Natalia Belitski, que interpreta Elena – O Perfume é com certeza uma série que vale a pena assistir quando você estiver com vontade de pensar e, já tendo tido um final para lá de interessante, deveria parar por aí... uma segunda temporada poderia estragar o que já ficou muito legal.


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