domingo, 14 de abril de 2013

A HORA MAIS ESCURA

     Chato. Muito chato. Outro filme que, assim como Argo, é, como documentário, muito valioso, mas muito massante e entediante. O que incomoda mais, no entanto, é o fato de A hora mais escura ser muito longo. 
     Não vou tirar, apesar disso, o brilhantismo do trabalho da atriz Jessica Chastain, que na minha opinião deveria ter levado o Oscar de melhor atriz. Sua personagem começa tímida, mas vai crescendo inacreditavelmente durante o filme. 
     A história de Osama bin Laden contra os EUA não é segredo para ninguém, pelo contrário. O mundo assistiu em tempo real aos terríveis atentados do 11 de setembro de 2001. A captura e subsequente morte do terrorista, no entanto, não era tão clara. E é isso que o filme mostra mas, como já dito, de forma entediante e longa.
     Muitas cenas de violência e tortura são repetidamente mostradas sendo que, novamente na minha opinião, não havia necessidade disso, nem mesmo para o desenvolvimento da história. A única coisa interessante foi o final, que deixa uma simples pergunta no ar, exatamente como aconteceu na realidade: e agora? 

ARGO

       Ruim. Sinceramente, ainda não entendi porque Argo foi figurar na lista de indicados do Oscar, mas ali estava ele, forte candidato a levar a estatueta de ouro. E assim aconteceu, para a minha grande decepção, que preferia o excelente As Aventuras de Pi
      Apesar de o filme ser, sem dúvida nenhuma, um excelente documentário acerca dos acontecimentos reais que se dispôs a retratar - a operação do governo americano para salvar seis membros da sua embaixada durante a crise no Irã, em 1979 -, se mostrou monótono e lento, chato de assistir.
     Toda a indignação pelo fato de Ben Affleck não ter sido indicado nas categorias de melhor diretor ou mesmo de melhor ator também não tem fundamento para mim, e ainda bem que a Academia teve o bom senso de não o fazer. Ele se mostrou um bom diretor, mas ainda lhe faltam alguns ingredientes para que chegue lá. Não duvido, no entanto, que um dia ele terá o Oscar de melhor diretor na mão (porque, vamos concordar, como ator ele não é lá essa maravilha toda).
     Argo já começa meio devagar, mostrando um pouco da vida do melancólico agente Tony Mendez, tem alguns momentos de tensão - que salvam um pouco o filme -, como o a invasão da embaixada e a tentativa de embarque no aeroporto, mas no geral, não empolga. No entanto, serve para colocarmos mais alguma coisa em nossa bagagem cultural. Nesse sentido, vale a pena assistir.