!SPOILER ALERT!
Quando a segunda
temporada terminou, os fãs do diabo mais querido de Los Angeles ficaram
desesperados. Lúcifer finalmente tinha resolvido contar toda a verdade sobre a
sua condição demoníaca para a sua amada detetive Chloe, mas no momento em que
toma essa decisão, é sequestrado e acorda horas depois no meio do deserto...
com suas asas angelicais e sem o seu rosto demoníaco.
Depois disso, um
susto. A Fox anunciou que iria cancelar o seriado, mas a Netflix, em um ato
salvador, adquiriu os direitos sobre ele. Por isso, houve um longo hiato até o
começo da terceira temporada, no mês passado. E quando Lúcifer voltou, tinha 26
episódios para os fãs aliviados. Mas para quem esperava uma temporada
excepcional, se desapontou.
Que Lúcifer quisesse
encontrar seu misterioso sequestrador, tudo bem, afinal, há que se existir um
enredo, mas o seriado, em vários momentos, se perde em uma série de episódios
aleatórios e sem nenhuma necessidade, como aquele em que o ex-marido de Linda
(a divertida analista de toda Los Angeles) se torna o foco central, ou o que
uma irmã qualquer de Lúcifer aparece como uma fantasminha camarada, “amiga
imaginária” de Ella (a engraçadíssima perita forense da delegacia), ou mesmo o
último episódio, que não tem absolutamente nada a acrescentar. Todos estes só
serviram, na verdade, para encher linguiça.
Outro ponto a se
considerar e que deixou os fãs do diabo ansiosos, é que Lúcifer, perdido em seu
egocentrismo, pareceu simplesmente esquecer e até mesmo negligenciar Chloe. A relação
dos dois era um dos pontos centrais (se não “o” ponto central) da história.
Lúcifer chega a ficar chato e Chloe passa até mesmo a olhar para outro homem, o
tenente Marcus Pierce, interpretado por Tom Welling, que acaba se tornando um
vilão bem interessante ao revelar ser Caim, o primeiro assassino do mundo.
Somente nos
episódios finais Lúcifer parece se lembrar de seus sentimentos pela detetive e
meio que se declara para ela, e o beijo tão esperado mal acontece só para (é
claro...) ser interrompido. Mas tudo bem, pelo menos o clima entre o casal
tinha sido restabelecido. E foi aí que veio mais um pisão na bola.
No antepenúltimo
episódio, Chloe finalmente vê o rosto demoníaco de seu amado e se dá conta de
que tudo o que ele falava e que ela, compreensivelmente, tomava por metáforas,
era verdade. Nesse momento, a temporada deveria ter sido interrompida, quando
os fãs estivessem roendo as unhas, morrendo de ansiedade pelo começo da
temporada seguinte, mas não. A terceira temporada não só continuou, como o
episódio seguinte ignorou completa e ostensivamente a descoberta da detetive.
Como assim Chloe descobre que Lúcifer realmente é o diabo e, no dia seguinte,
acorda como se nada tivesse acontecido? Não faz nenhum sentido.
Por tudo isso e
talvez mais um pouco, a terceira temporada pode ser considerada a mais fraca de
todas. Resta-nos somente esperar pela quarta, lembrando que esta será original
Netflix e, por isso, pode guardar algumas surpresas...
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