sábado, 5 de janeiro de 2019

CRÍTICA TIDELANDS - PRIMEIRA TEMPORADA


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A lenda das sereias é bastante conhecida, seres de extraordinária beleza – pelo menos a primeira vista – que encantam os marinheiros através de seu canto e os atraem para as águas, onde os afogam. Tidelands, o novo seriado da Netflix, retoma essa história, dando a ela um tom mais moderno e incluindo temas como droga, sexo, corrupção e violência, mas tudo no cenário maravilhoso da pequena cidade de pescadores Orphelin Bay.

A narrativa gira em torno de Cal McTear, interpretada pela atriz e modelo australiana Charlotte Best, uma garota que aos 14 anos é encarcerada por matar um policial. Tudo começa quando, após 10 anos, ela sai da prisão, de volta a sua cidade natal, para reencontrar seu passado.

A produção, como já dito, mistura vários temas e conflitos e, em alguns momentos, peca por não tratá-los com a profundidade que mereciam, o que faz as coisas acontecerem muito rápido, muitas vezes sem que a gente perceba... como a readaptação de Cal, agora uma mulher feita, à vida em sociedade, sendo que em algumas horas, somos obrigados a deduzir algumas coisas. O suspense colocado em várias situações, por isso, não se sustenta por muito tempo, como a relação dos pescadores com os misteriosos tidelanders, seres metade humanos, metade sereia que vivem em uma comunidade chamada L’attente, e as tramas da rainha deles, Adrielle (Elsa Pataky).

Entretanto, isso não impede que o seriado seja eletrizante, cativante mesmo. A beleza e sensualidade de Best ajudam se sua atuação peca. O charme e o físico de Marco Pigossi, que interpreta Dylan, o braço direito de Adrielle, o auxiliam na dificuldade com a língua estrangeira e o novo formato de filmagem. E a postura clichê que Pataky dá a sua vilã não retira o crédito que se pode dar a ela na construção do enredo. E nem se fala do último episódio, que termina daquele jeito!

Aguardemos, portanto, pela temporada que está por vir, e esperemos que ela nos surpreenda ainda mais.

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