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A lenda das sereias é bastante
conhecida, seres de extraordinária beleza – pelo menos a primeira vista – que
encantam os marinheiros através de seu canto e os atraem para as águas, onde os
afogam. Tidelands, o novo seriado da
Netflix, retoma essa história, dando a ela um tom mais moderno e incluindo
temas como droga, sexo, corrupção e violência, mas tudo no cenário maravilhoso
da pequena cidade de pescadores Orphelin Bay.
A narrativa gira em torno de
Cal McTear, interpretada pela atriz e modelo australiana Charlotte Best, uma
garota que aos 14 anos é encarcerada por matar um policial. Tudo começa quando,
após 10 anos, ela sai da prisão, de volta a sua cidade natal, para reencontrar
seu passado.
A produção, como já dito,
mistura vários temas e conflitos e, em alguns momentos, peca por não tratá-los com
a profundidade que mereciam, o que faz as coisas acontecerem muito rápido,
muitas vezes sem que a gente perceba... como a readaptação de Cal, agora uma
mulher feita, à vida em sociedade, sendo que em algumas horas, somos obrigados
a deduzir algumas coisas. O suspense colocado em várias situações, por isso,
não se sustenta por muito tempo, como a relação dos pescadores com os
misteriosos tidelanders, seres metade
humanos, metade sereia que vivem em uma comunidade chamada L’attente, e as
tramas da rainha deles, Adrielle (Elsa Pataky).
Entretanto, isso não impede
que o seriado seja eletrizante, cativante mesmo. A beleza e sensualidade de
Best ajudam se sua atuação peca. O charme e o físico de Marco Pigossi, que interpreta
Dylan, o braço direito de Adrielle, o auxiliam na dificuldade com a língua
estrangeira e o novo formato de filmagem. E a postura clichê que Pataky dá a
sua vilã não retira o crédito que se pode dar a ela na construção do enredo. E
nem se fala do último episódio, que termina daquele jeito!
Aguardemos, portanto, pela
temporada que está por vir, e esperemos que ela nos surpreenda ainda mais.
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