Quem é o pecador?
Será que somente
um pecador pode entender o outro? Se respondermos esta pergunta depois de
assistir a The Sinner a resposta será
sim. Nenhum adjetivo que não seja “excelente” pode definir essa série de
investigação policial dos criadores Bradford Winters e Liz W. Garcia, que
manteve o alto padrão em seu segundo ano de exibição.
Dessa vez, Cora
(Jessica Biel) dá lugar a Julian (Elisha Henig), tornando a segunda parte
totalmente independente da primeira – que é melhor, mas não tira o mérito da
continuação. A narrativa não linear da história, que foi perfeita na temporada
de estreia, nos levando a construir o caso exatamente junto com o detetive Harry
Ambrose (Bill Pullman), não teve rigorosamente o mesmo sucesso na temporada que
se seguiu, mas não diminuiu o status de “excelente” do seriado.
Ambrose continua
sendo peculiar, desafiando o mundo para ajudar prisioneiros condenados,
simplesmente por não se conformar que o crime cometido fosse punido por si só. Sua
“empatia” pelos criminosos leva a muitos questionamentos sobre sua conduta
dentro da própria polícia, mas no final, seus casos terminam por traçar o mais
puro sentido de justiça.
O experiente
detetive, totalmente frustrado em sua vida pessoal, não se detém diante dos valores
morais que podem impedir um julgamento correto do criminoso, o que retira o
caráter clichê que poderia ter sido atribuído a ele simplesmente por ser um
detetive, um justiceiro, um “mocinho”. E é isso que torna The Sinner singular. Quem realmente é O Pecador? Ambrose ou os
criminosos que são postos em seu caminho?
Ao que parece,
haverá uma terceira temporada. Aguardamos ansiosos pela nova história e
esperamos que seja tão boa (ou melhor!) do que as anteriores. Potencial tem!
gostei muito
ResponderExcluir