terça-feira, 27 de novembro de 2018

CRÍTICA THE SINNER



Quem é o pecador?

Será que somente um pecador pode entender o outro? Se respondermos esta pergunta depois de assistir a The Sinner a resposta será sim. Nenhum adjetivo que não seja “excelente” pode definir essa série de investigação policial dos criadores Bradford Winters e Liz W. Garcia, que manteve o alto padrão em seu segundo ano de exibição.

Dessa vez, Cora (Jessica Biel) dá lugar a Julian (Elisha Henig), tornando a segunda parte totalmente independente da primeira – que é melhor, mas não tira o mérito da continuação. A narrativa não linear da história, que foi perfeita na temporada de estreia, nos levando a construir o caso exatamente junto com o detetive Harry Ambrose (Bill Pullman), não teve rigorosamente o mesmo sucesso na temporada que se seguiu, mas não diminuiu o status de “excelente” do seriado.

Ambrose continua sendo peculiar, desafiando o mundo para ajudar prisioneiros condenados, simplesmente por não se conformar que o crime cometido fosse punido por si só. Sua “empatia” pelos criminosos leva a muitos questionamentos sobre sua conduta dentro da própria polícia, mas no final, seus casos terminam por traçar o mais puro sentido de justiça.

O experiente detetive, totalmente frustrado em sua vida pessoal, não se detém diante dos valores morais que podem impedir um julgamento correto do criminoso, o que retira o caráter clichê que poderia ter sido atribuído a ele simplesmente por ser um detetive, um justiceiro, um “mocinho”. E é isso que torna The Sinner singular. Quem realmente é O Pecador? Ambrose ou os criminosos que são postos em seu caminho?

Ao que parece, haverá uma terceira temporada. Aguardamos ansiosos pela nova história e esperamos que seja tão boa (ou melhor!) do que as anteriores. Potencial tem!

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