sábado, 3 de novembro de 2018

A MALDIÇÃO DA RESIDÊNCIA HILL


Muito e ainda mais pode ser falado sobre A Maldição da Residência Hill, série da Netflix dirigida por Mike Flanagan e baseada no livro de Shirley Jackson. E não é fácil colocar, em poucas linhas, muitas das impressões que se podem tirar de sua “leitura”.

O terror é um gênero que incomoda muita gente, principalmente os mais propensos a sustos e os impressionáveis... mas A Maldição da Residência Hill não se trata somente disso, está mais para um thriller psicológico, ou seja, é um terror bem direcionado... para a mente dos personagens – uma família de sete pessoas (número bastante significativo), pai, mãe e cinco filhos, que se mudam para uma mansão supostamente mal assombrada... mas será mesmo?

A história tem como base os poucos meses que a família Crain passa na Residência Hill, preenchidos por vários “episódios” estranhos, para dizer o mínimo, mas que nos permitem conhecer a essência de cada personagem, seu caráter, suas propensões. O que acontece depois que eles saem é somente consequência disso. E o fato de os acontecimentos serem contados de forma não linear, transitando entre passado e presente, mudando de ponto de vista a cada episódio, somente reforça a curiosidade e a ansiedade do espectador pelo por vir.

Os “monstros” existiam mesmo? Por que alguns dos Crain os viam e outros não? E por que os “monstros” que apareciam para cada um eram diferentes? A sra. Crain tinha realmente problemas mentais? Ela passou isso para os filhos (principalmente para a filha mais nova)?. O sr. Crain poderia ter protegido a família? Essas são as questões, e são elas que nos atormentam ao longo da “leitura” do seriado, e não os “monstros”, fantasmas e afins.

Os clichês do terror são secundários – notados, sim, obviamente, mas secundários -, e o foco do espectador é tentar decifrar cada um dos personagens, o efeito do que se passou na Residência em cada um deles e como isso se refletiu em suas vidas.

A Maldição da Residência Hill é um “terror” de alto nível, pode-se dizer com toda a certeza, e entendemos que não é necessária uma segunda temporada porque houve um fim, e um fim muito bem amarrado e consistente. Mas uma coisa podemos dizer por certo: As coisas que andavam por lá, andavam juntas.

Um comentário:

  1. Não é o meu gênero de filme, mas confesso q fiquei curiosa depois da sua análise.

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